Peço desculpa aos leitores pela a frequência de atualizações
ter caído vertiginosamente, mas para quem não sabe eu parei de nadar e
consequentemente fica mais difícil manter atualizado com notícias estando eu longe
do convívio do dia-a-dia do clube.
Peço também compreensão por que, com esse
afastamento das piscinas, o blog perderá um pouco do timing da notícia em si, e
naturalmente aparecerá com mais crônicas. Textos mais “extra piscina”, digamos
assim.
Enfim, separei um texto do Marcelo Laguna do Blog Brasil Olímpico do portal IG que
ilustra bem a situação da falta de apoio ao esporte de base no país. (o texto se
limita um pouco devido ao anonimato do depoente que mantém a identidade oculta com
medo de represálias, o que é compreensivo, porém abominável conviver com tal
receio proporcionado pelos dirigentes.). Vamos a ele.
O "Brasil Olímpico" que não existe para o esporte de base.
Para evitar constrangimentos ou represálias, vamos manter o anonimato de um
pai indignado com o que acontece com o esporte de base do Brasil e sua
estrutura pífia. Aquele mesmo esporte de base no qual o ministro Aldo Rebelo
assegura que
está
recebendo um amplo investimento do governo.
Pois bem, este pai tem uma filha que pratica nado sincronizado. É a paixão
da vida da menina. Ao lado de outras garotas, conseguiu classificação na
seletiva realizada pela FAP (Federação Aquática Paulista) para a disputa do 3º
Campeonato Interfederativo, que será realizado no Parque Aquático Maria Lenk,
no Rio de Janeiro, a partir desta sexta-feira, encerrando-se no próximo
domingo.
Só que para isso, cada atleta terá que bancar do próprio bolso a compra do
maiô de competição.
Equipamento básico para disputar o nado sincronizado,
teoricamente deveria ser fornecido pela própria entidade que convocou a equipe.
Ou, em último caso, através de um programa de auxílio às federações por parte
da CBDA, do eterno presidente Coaracy Nunes, recentemente reeleito para mais um
mandato. A mesma CBDA, diga-se de passagem, que detém um generoso patrocínio
dos Correios há muitos anos.
Mesmo assim, são os pais das atletas que precisam comprar os maiôs das
filhas. Cada peça não sai por menos de R$ 450,00. Uma peça que irá durar apenas
uma competição, é bom lembrar. Com sorte, a menina poderá usá-lo em dois
torneios.
E você ainda tem que escutar por aí as autoridades batendo no peito dizendo
que o Brasil irá virar uma potência olímpica em 2016. Se nem do básico
conseguem cuidar…
Por que a FAP não fornece os maiôs para suas atletas?
Por que a CBDA não auxilia, por meio de seus contatos, com o fornecimento de
material esportivo
para suas entidades filiadas?
Será que alguém consegue responder a estas duas simples perguntas?